segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PRIMEIRAS IMPRESSÕES SOBRE O TRABALHO



Estou apavorado. Tateando. Tentando encontrar por onde começar. Muitas vezes senti esta sensação de não saber por onde começar, mas nunca tão forte quanto desta vez. É, para mim, uma proposta nova trabalhar sem um determinado texto. É claro que os textos existem, mas eles deverão ser colocados, unidos, colados de alguma forma que nem imagino qual será.
Outro problema é com quem contar. Agora que não tenho mais o elenco do Depósito de Teatro, terei que convidar atores e atrizes "avulsos". Quem? Tenho aproveitado o PoA em Cena para olhar atores e atrizes pensar a respeito. Penso que deveria definir exatamente as peças antes de convidar as pessoas, pois a partir dos textos eu poderia traçar um perfil mais aproximado do elenco a ser convidado. É certo que tenho de definir um pouco mais o projeto para poder convidar as pessoas. Quanto mais penso no projeto que inventei, mais me dou conta das dificuldades e da grande possibilidade de tudo virar uma chatice. São várias dificuldades que se apresentam. A mais visível é a seguinte: como juntar um punhado de clímaxes de tragédias sem que isso fique tedioso para o público? Ao criar e desenvolver o projeto tudo me parecia simples. Agora que parto para a prática, como sempre, as coisas se complicam.

A foto do Sétimo Selo, do Bergmann é inspiradora. O Bergmann é inspirador pela profundidade a que se dedica em cada uma de suas obras.

Um comentário:

  1. Olá querido Roberto, esta angústia só encontra espaço naqueles que têm a dimenção da importância de seu ofício. Também acredito que teu projeto de graduação demanda um trabalho hercúleo e que poucos podem dar conta. Pela tua história, pelos teus resultados e pela tua aflição acho que consegues.
    Quanto a ser entediante o espetáculo, me parece quase impossível. Contigo na direção, Marta na orientação (excelente escolha - é parceira presente, disponível e inteligente), atores colaborativos e inspirados e autores magníficos, teu medo é paranóia pré tudo, iclusive estréia.
    Vai com fé no teu taco - "que a fé não costuma faiá" - e lembra que o Bob Wilson deve fazer o seu trabalho com amor e sinceridade, e esta deve ser a receita para a criação artística, com 30 ou 400 mil, cada um no seu quadrado.
    Beijos e carinhos.
    Margarida Leoni Peixoto.

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