quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PENSANDO NO ELENCO

Pintura: A Embaixada de Aquiles, Jean Auguste Dominique Ingres, 1810. Imagem de Carol Gerten's Fine Art. Composição: distribuição dos corpos, oposições, escolha das cores. Entre estes personagens está Ájax.


Tenho me preocupado constantemente com a formação do elenco. Quem? Quens? Fui, então, pensando em algumas pessoas, levado pela intuição e relacionei-as, por algum aspecto subjetivo, com alguns dos personagens que farão parte do espetáculo. Penso em pessoas que encarariam um trabalho físico puxado, que tivessem disponibilidade de tempo para se dedicar ao trabalho e, principalmente, que ousassem ir mais além daquilo que já fizeram e mostraram em suas carreiras e trabalhos anteriores.
A Elisa Heidrich poderia ser Ifigênia. Pele clara, juventude, virgem. Aspecto físico e aquilo que ela emana ou pode emanar. Além de ser minha atual companheira, já trabalhamos juntos e sei que posso confiar na sua obstinação.
O Diego Machado, poderia ser Ájax. Aspirante a ator da novíssima geração, tem o aspecto físico, a juventude, a força, a loucura e a energia necessárias. Tem também, em si, certo desamparo.
Lívia Dávalos poderia encarnar a Senhora Tyrone, a mãe viciada de Longa Jornada Noite Adentro. Outra possibilidade seria Clitemnestra ou a louca Medéia que mata os filhos. Tem maturidade. Aspecto físico. Momento de vida, ou melhor, como eu a vejo em seu momento de vida.
Outros nomes masculinos: Rodrigo Fiatt (seriedade no trabalho, honestidade), Lisandro Belotto (pelos trabalhos que vem realizando), Marcelo Adams (sempre, tem se mostrado um grande ator, disponível para várias linguagens), Daniel Colin (sempre, apesar de representar o passado), Roberto Oliveira, eu mesmo, para fazer o Rei Lear, se não fosse o medo exagerado da confusão que pode gerar dirigir e atuar. Melhor não. Seria dobrar as dificuldades e os temores. Kike Barbosa, Sérgio Lulkin, Serginho Etchichury.
Nomes femininos: Arlete Cunha e Liane Venturella seriam luxos. A Liane estava com o nome no projeto, mas está fazendo outra peça. Melissa Dorneles (força, potência, intensidade), Áurea Baptista (força, maleabilidade, momento de vida), Isandria Fermiano e Manuela Wunderlich (por seus desempenhos em Fando e Lis). Pensei também na Rafaela Cassol, tem força, mas parece estar pulsando numa outra onda. Têm tantas boas atrizes.
Como é difícil buscar nomes.

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